Mercado não aceita empresas com DLA

A dispensa de licenciamento deve ser evitada, pois de nada serve ao empresário sério

Fernando de Barros

Cada vez mais empresas têm buscado sua licença ambiental junto aos órgãos competentes, seja por exigência dos clientes, dos bancos – que, para financiar máquinas e equipamentos, exigem-na – ou da Copel, que para ligar ou aumentar a carga de energia elétrica também exige a licença. Além de uma exigência legal, é também muito bom para o meio ambiente, já que a empresa se vê obrigada a adequar suas instalações à legislação, seja zelando pela segregação de seus resíduos e por sua destinação, seja pelo tratamento correto de seus efluentes ou por suas emissões atmosféricas, que devem se limitar ao estrito da lei.

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Por que a responsabilidade socioambiental não é moda

As riquezas naturais do planeta diminuíram 30% entre 1970 e 2003

Fernando de Barros

Durante certo tempo, entre 1980 e 1990, alguns acreditavam que a cidadania ou a responsabilidade social seria apenas uma moda a mais de gestão, uma maluquice simpática de alguns nostálgicos da era hippie sonhando em mudar o capitalismo. Uma tendência efêmera que não resistiria à prova dos fatos nem à do tempo. Sabemos hoje que não é nada disto, muito ao contrário. O que ontem era alternativo transformou-se em “mainstream”, como dizem os americanos para indicar um pequeno riacho transformado em rio caudaloso, que carrega em sua correnteza os consumidores, os investidores e também as grandes empresas que, havia pouco tempo, duvidavam dessa “moda”. As mais tradicionais entidades financeiras do mercado acionário, com o Dow Jones à frente, surpreendentemente assumiram o bastão dos ex-hippies para conclamar as grandes empresas a uma maior responsabilidade social e ambiental.

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Na Europa, não reciclar é delito

Brasileiro quase foi preso na Suíça por misturar papel ao plástico

Fernando de Barros

O jornalista Jamil Chade, correspondente do “Estadão” em Genebra, conta o fato ocorrido com ele em setembro de 2011. “Ao voltar para casa após um dia de trabalho, encontrei um bilhete colocado na porta: ‘Por favor, compareça à delegacia de Polícia de forma imediata’. Pensando que eu seria testemunha de algum crime ou algo do gênero, cumpri o que dizia o recado. Mas ao chegar ao local, fui surpreendido com a notícia que eu era o principal suspeito de um delito. No caso, um delito ambiental.

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PVC, um mal desnecessário

É o plástico mais perigoso em todos os estágios de sua vida

Fernando de Barros

Os plásticos são reconhecidos como um problema no mundo todo. Começa pela extração do petróleo necessário para produzi-lo e termina com os detritos que flutuam em nossos oceanos. Mas alguns plásticos são mais problemáticos que outros. O PVC (cloreto de polivinila), chamado às vezes de vinil, é o mais perigoso em todos os estágios de sua vida: da produção na fábrica, passando pelo uso em nossas casas, escolas, hospitais e escritórios, até o descarte em aterros sanitários ou, pior ainda, em incineradores. É também um plástico barato e versátil, o que explica por que continua a ser tão usado, apesar dos impactos negativos na saúde ambiental. Os produtos feitos a partir do PVC são baratos, e posso citar como exemplo os forros que estão em muitas indústrias, escritórios e hospitais.

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Óleo usado vira biodiesel

O interessante da legislação é que ela nos proíbe de continuar fazendo algo que polui

Fernando de Barros

Por dezenas de anos, as donas de casa, os chefs de cozinha e a torcida do Flamengo e do Corinthians juntas lançavam no ralo da pia da cozinha o óleo usado nas frituras. Era automático, um hábito enraizado no subconsciente de quase todo mundo. Fazíamos isto (infelizmente muita gente ainda faz) sem avaliar as conseqüências de nossos atos. Achávamos que era um procedimento normal. O interessante da legislação ambiental é que, em tese, ela nos proíbe de continuar a fazer coisas que sempre fizemos e que poluem.

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Gestão criminosa de resíduos

A suposta economia de hoje pode virar um enorme prejuízo no futuro

Fernando de Barros

A falta de conhecimento da nova Política Nacional de Resíduos ainda vai dar muita dor de cabeça para os gestores das empresas, inclusive com multas e, em alguns casos, com condenação por crime ambiental, na medida em que a destinação dos resíduos continue a se dar de qualquer jeito, como acontece na maioria das empresas brasileiras. E isto – multas e processos – já está acontecendo.

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Árvores nativas plantadas?

Sim, por que não? O que define árvore nativa é o bioma onde está inserida, não a mão do homem

Fernando de Barros

Muitas vezes, como na recente polêmica envolvendo o Bosque Central de Londrina, ouvimos profissionais e mesmo autoridades fazendo afirmações sobre se uma determinada árvore é nativa ou não, com total desconhecimento sobre o assunto, chamando, por exemplo, árvore nativa de exótica. Nestes casos, mais confundem do que esclarecem.

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A valiosa água dos aquíferos

Fernando de Barros

Jorge Rodrigues, leitor de nossa coluna, questiona se devemos ou não usar a água dos aquíferos para abastecer as cidades. Esta pergunta merece uma boa reflexão. Temos no Brasil água suficiente para abastecer a população e nossa agricultura. Com cerca de 12% da água potável do planeta, se não tivermos esta condição, nenhum outro país terá. Porém, tratamos nossos rios e nascentes muito mal, do jeito do século XX, utilizando os rios como veículos para levar para longe nossas sujidades, como o esgoto, efluentes industriais, lixo jogado nas ruas etc.

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Poluição sonora também faz mal

Ruído excessivo irrita, nos deixa fora de si. É preciso respeitar a lei

Fernando de Barros

Por sugestão do leitor Mario Camargo, de Maringá, trato, neste artigo, de uma poluição bem conhecida: a Poluição Sonora. Os ruídos acima de determinada intensidade incomodam, irritam e muitas vezes nos deixam fora de si, em especial à noite, quando precisamos dormir. A legislação brasileira, em especial as Normas Técnicas, determina os níveis máximos de ruídos, no período diurno e noturno. Muitas vezes temos indústrias emitindo ruídos que incomodam a vizinhança, se fazendo necessário avaliar com precisão, através de decibelímetros, o nível de ruído próximo às residências para se determinar se a emissão está dentro dos níveis máximos admitidos pela legislação.

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Mudar o tratamento da água

Estações atuais não conseguem tratar resíduos não metabolizados pelo nosso organismo

Fernando de Barros

Mais de um bilhão de pessoas não têm acesso à água limpa para beber, e mais de dois bilhões vivem sem saneamento adequado, o que leva à morte, todo ano, mais de cinco milhões de pessoas, por doenças evitáveis transmitidas pela água. Apenas 8% do fornecimento de água doce do planeta vai para uso doméstico; cerca de 70% é usado para irrigação e 22% na indústria.

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