Master Ambiental atua no polo gesseiro de Pernambuco
Com o apoio do programa Sebraetec, do Sebrae, grupo de empresas da cadeia produtiva do gesso recebe consultoria ambiental
Empresas instaladas no sertão de Pernambuco, polo da produção nacional de gesso, recebem a consultoria da Master Ambiental para elaborar Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) e Inventários de Gases de Efeito Estufa (GEEs).
Ao todo são 33 empresas situadas nos municípios de Trindade, Araripina, Ouricuri e Ipubi, que atuam em três segmentos da cadeia produtiva do gesso: mineração; calcinação e fabricação de placas de gesso. A produção no sertão nordestino representa aproximadamente 95% de todo gesso comercializado no Brasil.
O projeto foi impulsionado pelo apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) às empresas locais por meio do programa Sebraetec. A iniciativa custeia 80% dos investimentos com a consultoria e os empresários arcam com apenas 20% dos custos. A Master Ambiental aposta na mobilização de sua equipe multidisciplinar para trazer soluções sustentáveis ao polo gesseiro.
De maneira geral, as mineradoras extraem a gipsita, matéria-prima do gesso, por meio de detonações de rochas e martelos hidráulicos para redução de tamanho. O material é então vendido às calcinadoras, onde é moído e desidratado para gerar o gesso em pó e, por fim, comercializado para fabricação de placas e revestimentos.
A engenheira ambiental Marcela Arfelli, analista da Master Ambiental, que coordena o projeto, destaca que a estratégia de atuação da consultoria para elaboração dos Planos vai além de realizar o diagnóstico e indicar as formas de destinação adequadas para cada tipo de resíduos. Levando em consideração todos os “r”s dos “3R”s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), é importante enfocar também a redução da geração para reduzir o desperdício de matérias-primas.
“Atuamos na elaboração de propostas para motivar adequações e melhorias nos processos”, afirma Arfelli. A engenheira ambiental quantifica desvantagens da perda. O gesso puro calcinado pode ser comercializado a R$ 150. Porém, quando impuro, como ocorre quando o gesso que é varrido entre as etapas de triagem e rebritagem, seu valor cai para R$ 70.
Ela acredita que a iniciativa das empresas gesseiras do sertão de Pernambuco em elaborar seus planos de resíduos deve ser valorizada por empreendedores de todo o país. “Os empresários têm que exigir dos fornecedores um material que não prejudique o meio ambiente”, reflete. Ao dar preferência a essas empresas, os compradores também deixam de gerar passivos ambientais em regiões muitas vezes distantes dos olhos de quem compra.
Pioneirismo na elaboração do Inventário de Gases de Efeito Estufa
Além do PGRS, a Master Ambiental atua na elaboração de Inventário de Gases de Efeito Estufa para 23 empresas do polo gesseiro. Os Gases de Efeito Estufa, em excesso na atmosfera devido às atividades humanas, dão causa ao Aquecimento Global e consequentes fenômenos de Mudanças Climáticas.
“O alvo da consultoria é garantir que o resultado do levantamento de informações com o inventário se torne uma ferramenta de Gestão Ambiental”, afirma o engenheiro ambiental da Master Ambiental, Augusto Tavares, que coordena o projeto de inventários. “A automatização do preenchimento de dados e sua integração com outros softwares de gestão das empresas são objetivos para um futuro próximo”, comenta Tavares. Desse modo, as rotinas de levantamento de dados podem ser simplificadas para tornar o inventário um instrumento acessível às práticas de gestão das organizações.
Conforme o engenheiro, o inventário, que tem como base o ano de 2013, traz recomendações de redução de emissões. Quando aplicado corretamente, o estudo cria oportunidades para as empresas com relação à redução de custos, como apontando equipamentos e práticas mais eficientes e econômicos.
O inventário é uma ferramenta mais conhecida nas capitais e grandes centros do país. Por isso, “a iniciativa pode ser considerada pioneira para o sertão nordestino, onde Inventários de Gases de Efeito Estufa ainda são raros”, analisa.
Assim, o caso do polo gesseiro de Pernambuco traz um exemplo para outros setores da economia, que também podem utilizar o inventário como uma ferramenta de gestão, de forma a identificar oportunidades de realizar projetos sustentáveis, auferir benefícios e antecipar futuras exigências legais.
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