Um mergulho na história da Ponta do Caju, Rio de Janeiro.

Trabalho conduzido pela Master Ambiental atendeu as condicionantes do IPHAN para as obras da Ponte Rio Niterói

Um mergulho na história da Ponta do Caju, Rio de Janeiro.

Quantas memórias estão guardadas na Ponta do Caju? Antes de sucessivos aterramentos e ocupações, lá havia uma praia em que Dom João VI tomava banhos de mar. Áreas de mangue deram lugar a Santa Casa de Misericórdia, Cemitério do Caju, Arsenal de Guerra, mesmo sob protestos e abaixo assinado contrário. Até que o local foi cada vez mais ocupado pelo uso industrial. Ainda hoje é possível observar ruínas de chaminés fabris.  E aforismos do Profeta Gentileza marcaram a paisagem dos viadutos, quando não pintados de cinza.

Após um grande adensamento populacional, em uma escavação arqueológica, foi possível encontrar fragmentos de louças do século retrasado. A área revelou-se  como de interesse arqueológico, apresentando bolsões de cultura material do século XIX e início do século XX.

Conheça mais sobre essa história na publicação de encarte educativo sobre o Programa de Prospecção Arqueológica. O trabalho foi conduzido pela Master Ambiental em atendimento as condicionantes do IPHAN para o licenciamento ambiental das obras da alça de acesso da Ponte Rio Niterói à linha vermelha, localizada na Ponta do Caju, Rio de Janeiro-RJ.

Ponta do Caju antes do aterramento

Prospecção Arqueológica

Devido as obras da Alça de Acesso da Ponte Rio Niterói à Linha Vermelha, foi realizado um trabalho de prospecção arqueológica para a salvaguarda desses vestígios arqueológicos e análise do potencial arqueológico do subsolo da Ponta do Caju.

No local foram encontrados fragmentos de louças do século retrasado. Esses materiais datam desde o período pré-colonial até a evolução urbana da região, contribuindo para a geração de conhecimento.

Ao todo foram selecionados para compor o acervo arqueológico, enviados à instituição de guarda – Laboratório de Arqueologia Brasileira LAB – 81 peças, sendo 38 de recipientes cerâmicos; 31 louças em faiança fina e porcelana; quatro peças de grês; duas de vidro; quatro botões; uma peça de cobre (conector anelado); três fragmentos de telha (capa-canal e francesa) e um fragmento de azulejo de terra cota com a face superior vidrada e decorada com pintura. Além destes materiais, também foram coletadas duas telhas francesas, duas lajotas inteiras e seis tijolos, recolhidos das edificações demolidas da Vila São Lázaro e do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro.Imagens dos fragmentos encontrados na Ponta do Caju

Publicação do Encarte

Todo trabalho realizado resultou na publicação de um encarte educativo sobre o Programa de Prospecção Arqueológica, concluindo o trabalho junto ao IPHAN para o licenciamento, realizado pela Master Ambiental, das obras de alça de acesso da Ponte Rio Niterói. Clique aqui, faça o download do material e descubra a fascinante história por trás do Bairro do Caju, no Rio de Janeiro.

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