Universidade em Brasília é referência no tratamento de resíduos
Aliar educação e sustentabilidade foi o caminho encontrado pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) para tratar os resíduos e mostrar que educação também pode ser construída fora de sala de aula. Em respeito às normas da Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida pela Lei Federal 12.305/2010, a instituição adotou uma série de medidas para reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos gerados dentro da própria universidade.
Somente em 2013, 35 toneladas de resíduos foram recicladas pela instituição, cujo propósito é aprimorar ações frente aos impactos ambientais, já que a universidade gera uma grande quantidade de lixo, sobretudo papel. Por conta disso, a coleta seletiva dentro do campus assumiu a reutilização desta categoria como foco, com base na conscientização e responsabilidade compartilhada entre alunos, professores e funcionários.
Neste sentido, cabe uma ressalva. Alguns tipos de papel não podem ser reciclados, como é o caso do papel higiênico e de guardanapos sujos, inadequados para o processo de transformação do papel em matéria-prima. Em virtude disso, eles não podem ser misturados aos papéis A4 e de rascunho, o que é evitado pela divisão de lixeiras destinadas à coleta de papel.
Neste contexto, em locais estratégicos de toda universidade, estão dispostas lixeiras devidamente identificadas com cores e símbolos definidos pelo CONAMA. Além disso, iniciativas como a adoção de secadores de mãos ao invés de papéis toalha, de mictórios sem utilização de água, do piso de concreto intertravado e do “papa bitucas” – voltados ao depósito de bitucas de cigarro -, contribuem para reduzir a produção de resíduos.
Depois de separados, cerca de dez toneladas de resíduos são encaminhados a empresas com cadastro regular dentro do órgão ambiental competente, o que acontece trimestralmente. Na sequência, os resíduos são dispostos em um depósito coberto, onde são classificados em 15 categorias e selecionados para receber o tratamento adequado para o reaproveitamento. “Costumo dizer que essas empresas não reciclam, mas fazem a coleta de recicláveis, que são resíduos passíveis de serem reciclados. As grandes recicladoras não estão no Distrito Federal”, ressalta o presidente da Comissão de Gestão Ambiental da universidade, Carlos Alberto da Cruz Júnior.
Atualmente, a instituição adota dez nascentes em todo o Distrito Federal, atitude determinante para gestão ambiental e diminuição do nível de contaminação das águas que abastecem os reservatórios. Outra parceria de sucesso é com a Associação Mãos que Criam, formada por mulheres de baixa renda que buscam capacitação empresarial pelo reaproveitamento de materiais recicláveis. As lonas utilizadas em murais, outdoors e banners são transformadas em ecobags, o que aumenta a geração de empregos e resulta em um produto que pode ser usado em várias ocasiões.
Com informações do portal Ciclo Vivo
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