“Onde as pessoas veem um monte de lixo, eu vejo uma montanha de dinheiro”
A matéria-prima que proporciona o ganha-pão de Diolindo Souza, 43 anos, vem dos entulhos depositados por caminhões da Prefeitura de Diadema, cidade da região metropolitana de São Paulo, em um terreno de transbordo.
“Onde as pessoas veem um monte de lixo, eu vejo uma montanha de dinheiro”, destaca o piauiense, tapeceiro há 15 anos, à Folha de S.Paulo.
Diariamente, ele garimpa sofás, poltronas, guarda-roupas, colchões e madeiras descartados em terrenos baldios. O destino final desses materiais é o Projeto Okavango, onde reforma ou recicla as peças. Os itens mais deteriorados, por sua vez, são desmontados e vão para reciclagem para dar vida a novos estofados.
Dessa forma Souza cria seus “sofás 80% ecológicos” que, segundo ele, são pneus reaproveitados, fios recortados de garrafas pets e espuma reaproveitada de colchões. Ele acrescenta ainda um revestimento com corino, um material sintético resistente.
O projeto já recolheu cerca de 600 sofás das ruas, 250 foram reformados e voltaram ao mercado e os demais reciclados. Para que isso aconteça, Souza trabalha na forma de cooperativa ao lado de oito colegas – são produzidos de três a quatro jogos por dia.
Formas de atuação
A produção é comercializada na porta da oficina e em lojas de estofados. Recentemente, o negócio foi potencializado com a venda dos sofás ecológicos também em uma feira de economia solidária e pela internet. Os preços variam de R$ 480 a R$ 780, a depender do tamanho.
Quem compra um produto novo na cooperativa pode dar o seu antigo como parte do pagamento, abatendo até R$ 100 no preço final.
Para participar da cooperativa, Sousa diz que dá preferência para quem está em “situação de vulnerabilidade socioeconômica”. Antes, os cooperados não encontravam espaço no mercado de trabalho, são aposentados, ex-viciados, jovens desempregados e trabalhadores sem profissão.Fonte: ecodesevolvimento.com.br
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