Lixões: Uma montanha de problemas
80% do lixo produzido diariamente no Paraná vão parar em lixões, que ainda estão presentes em mais de metade dos municípios
O Paraná produz diariamente 20 mil toneladas de lixo, sendo que 16 mil (80%) não têm destino correto. Prefeitos e representantes de 104 municípios se reuniram ontem em Londrina para discutir o assunto. Eles participaram de curso sobre Política de Resíduos Sólidos, promovido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O objetivo foi capacitar os participantes para se adequarem à lei federal 12.305/2010, que estabelece que até o final de 2014 as prefeituras destinem de maneira adequada os resíduos urbanos, acabando com os lixões.
Levantamento realizado no ano passado pelo Tribunal de Contas e pelo Instituto Ambiental do Paraná mostra que dos 399 municípios paranaenses cerca de 63% (250) ainda têm lixões. O alto custo para a construção e operação dos aterros sanitários são apontados como os responsáveis pela não adequação dos municípios e por isso a solução seria o consorciamento.
“Vamos dividir o fardo. É uma solução casada que envolve as três esferas – federal, estadual e municipal, com um adendo: o Estado vai aportar conhecimento técnico, colocando os técnicos para trabalharem em conjunto com os municípios. Queremos que verta para o aterro apenas os rejeitos, de 12% a 15%, havendo assim o aumento de trabalho na coleta seletiva”, explicou o secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida.
Segundo ele, nos próximos dias será lançado o programa Paraná Sem Lixões, com o objetivo de buscar tecnologia e recursos. “A Funasa aporta recursos para municípios até 50 mil habitantes. O Ministério do Meio Ambiente, de 50 mil para mais. O governo federal é uma fonte de recursos mas o Estado tem que intermediar. Também estamos prestes a obter recursos de cunho internacional, e isso poderá ajudar os municípios”, garantiu.
Para que a destinação seja feita de forma correta, é necessário que a população faça a sua parte, separando adequadamente o lixo doméstico. Para isso também estão previstas ações de educação ambiental, além do apoio das empresas na logística reversa, ou seja, recolhendo o rejeito de seus produtos.
O coordenador de Resíduos Sólidos da secretaria, Laerty Dudas, ressaltou que o cumprimento da lei dependerá essencialmente dos municípios, que deverão se articular para formar os consórcios. “Eles precisam se unir e fazer um aterro só, bem feito e dividir os custos. Precisam estudar o local ideal, mais próximo, para que não tenham que se deslocar muito, já que o custo está principalmente no transporte”, afirmou.
Fonte: folhaweb.com.br alterada por Master Ambiental.
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