Gerenciamento de Resíduos Sólidos dá retorno financeiro à indústria

Projeto da Master Ambiental implantado no Complexo Industrial da Cocamar em Maringá – PR mostrou que vale a pena gerenciar resíduos

gerenciamento de resíduos sólidosO mau gerenciamento de resíduos sólidos ainda é um grave problema brasileiro. Mas, quando uma postura sustentável é incluída na rotina da empresa, os benefícios são ainda maiores. Para isso, não basta um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) somente no papel. É preciso implantá-lo efetivamente.

A Master Ambiental vai além da elaboração do PGRS, obrigatório pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010). Nos projetos de implantação do gerenciamento de resíduos sólidos, a equipe da consultoria auxilia no cotidiano das empresas a colocar em prática o PGRS, a fim de reduzir a geração e promover o máximo reaproveito e reciclagem dos resíduos sólidos.

Após a elaboração de um PGRS para o complexo industrial da Cocamar Cooperativa Industrial, em Maringá, PR, a direção percebeu algumas oportunidades em promover a implantação. Então, a Master Ambiental foi contratada para desenvolver o projeto, com o objetivo de organizar o gerenciamento de resíduos desde a geração, o transporte interno e externo até a destinação correta.

O trabalho de implantação com a consultoria da Master Ambiental, iniciado em abril de 2011 e concluído em maio de 2012, deu resultados. “Antes, a Cocamar tinha um saldo negativo com o gerenciamento de resíduos de cerca de cinco mil reais. Com melhorias no processo, foi possível economizar e o saldo passou a ser positivo em dois mil reais”, contabiliza o cientista ambiental, especialista em gerenciamento de projetos e mestrando em engenharia de edificações e saneamento, Caio Dalla Zana, consultor da Master Ambiental e coordenador da implantação do PGRS no complexo industrial da Cocamar.

Assim, o projeto agregou um valor de aproximado de sete mil reais por mês, com perspectivas de aumentar o rendimento com a continuidade do projeto. O segredo para efetivar o plano está na separação dos resíduos na fonte. “Acondicioná-los separadamente permite a exploração do maior potencial de reciclagem dos resíduos”.

O consultor explica que a Cocamar já fazia a comercialização de recicláveis, mas a diferença foi que os resíduos passaram a ser mais segregados na fonte e materiais recicláveis passaram a ser prensados, possibilitando um maior valor agregado. Por exemplo, em janeiro de 2012, foram comercializados 1.878,64 kg de papelão. Já no mês de abril, o número passou a 3.761,65 kg.

Também foi possível economizar com a destinação de resíduos eletrônicos, que antes eram encaminhados a um aterro industrial e passaram a ser destinados gratuitamente para uma empresa licenciada.

Para obter essas melhorias, as ações do projeto enfocaram inicialmente a padronização do sistema de acondicionamento e coleta dos resíduos. Em um segundo momento, as mudanças foram ampliadas à área administrativa. “Nas indústrias, há poucas pessoas, mas se gera muito resíduo. Já na central administrativa, exige a mudança de atitude dos funcionários”, compara Dalla Zanna.

“Antes, no setor da administração central, eram destinadas por dia duas caçambas de rejeito e uma de reciclável. Com o projeto, passaram a ser destinadas uma caçamba de rejeito e duas de recicláveis diariamente”, comenta. Essa inversão significa na prática redução de custos na destinação final em aterro sanitário e aumento da receita com a comercialização de maior quantidade de materiais recicláveis.

O consultor da Master Ambiental chama atenção para a importância das lixeiras com placas explicativas, incorporada por meio de alguns processos. Com as novas lixeiras padronizadas, foram dadas instruções para cerca de 300 colaboradores, além de um monitoramento da qualidade da segregação dos resíduos na fonte, na área administrativa.

Era realizada avaliação diária em “bom”, “regular” e “ruim” e a média dos resultados apresentada em relatório mensal. “O monitoramento registrou e quantificou o resultado de cada etapa da implantação do plano”, explica.

“Um dos focos do treinamento foi mostrar a importância da participação de cada um em separar os resíduos”, ressaltou. Resultados como esses não são difíceis de alcançar, segundo o consultor. “A empresa tem que ser firme na decisão, pois a partir do momento em que ela decide, pode causar a mudança cultural desejada”, conclui.

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