O ar que mata aos poucos
Recomendação médica: corra para uma cidade menor, busque qualidade de vida
Por Fernando de Barros
As cidades muito urbanizadas, com centenas de milhares de veículos bombardeando o ar com CO e CO2 e muita, mas muita poeira no ar, geram diariamente grande poluição no ar, o que causa um enorme efeito danoso à saúde das pessoas que ali vivem e trabalham. Os moradores das grandes cidades conhecem isto muito bem.
Quem mora perto de avenidas movimentadas volta e meia tem que varrer o apartamento e tirar o pó dos móveis de tanta sujeira que entra pela janela. Para piorar, muitos sofrem de rinite alérgica.
No inverno, as casas são mais fechadas, bate menos sol, acumulam mais poeira, mais ácaros. E o próprio estado de tempo seco faz com que as reações do nosso corpo – em especial no nariz e na garganta – não funcionem bem. Por isso, temos que evitar fumar dentro de casa, evitar plantas e animais dentro do próprio domicílio, limpar o chão com pano úmido, para depois varrer, colocar capas impermeáveis em volta de colchões e travesseiros.
Cuidados assim fazem com que os ácaros e poeiras não passem para a mucosa respiratória. Tomar muita água, lavar o nariz com o soro e se hidratar à vontade também é essencial. Quando o tempo está muito frio, nosso sistema respiratório precisa fazer com que o ar chegue quente. O nariz tenta se inchar para fazer com que o ar frio pare de entrar. Isso causa uma obstrução nasal, que incomoda as pessoas, e faz com que acabemos respirando mais pela garganta. Resultado: infecções.
Não é recomendável respirar pela boca, e sim pelo nariz, cujos pelos barram a poeira. No inverno, época de pouca chuva, também não há muito vento, o que mantém a poluição perto de nós. A poluição do ar é composta de material particulado, ou poeira fina, que entra no sistema respiratório sem que a pessoa perceba.
Cientificamente, é conhecido como MP 2,5 (grandeza microscópica de partículas desse diâmetro ou menor). MP 10 é a medida usada pela Companhia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb), que hoje considera normal 150 microgramas dessas partículas por metro cúbico, o triplo do recomendado pela OMS.
Há poucos dias, assisti a uma palestra em que um médico mostrou fotos de uma autópsia na qual se vê os pulmões de dois não fumantes – um era morador de uma metrópole; outro, de um cidadão de uma pacata cidade. É impressionante o estado do pulmão do morador da metrópole em contraste com o outro. A recomendação desse médico para moradores de grandes metrópoles: corram para uma cidade menor, busquem melhor qualidade de vida.
Combater a poluição não significa apenas preservar o meio ambiente. Significa, sobretudo, preservar nossa saúde.
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