Quais são os efeitos da Mudança do Clima no Brasil?

O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), que conta com apoio da ONU,afirmou que a temperatura da superfície global pode exceder 1,5°C no final do século 21 em um cenário mais brando. Em cenários mais preocupantes, poderá exceder em 2°C, superando o limite considerado seguro pelos especialistas.
Os dados são do relatório do IPCC intitulado “Mudança Climática 2013: a Base das Ciências Físicas” e lançado nesta sexta-feira (27) em Estocolmo, na Suécia.
“As ondas de calor são muito prováveis de ocorrer com mais frequência e durar mais tempo. À medida que a Terra se aquece, esperamos ver regiões úmidas receberem mais chuvas e regiões secas receberem menos, apesar de exceções”, disse o copresidente do grupo de trabalho responsável pelo documento, Thomas Stocker.
O inventário do Programa Brasileiro GHG Protocol, estudo desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas, mostra que, no ano passado, a emissão direta de gases que provocam o efeito estufa não teve redução efetiva. Foram emitidos 71,6 milhões de toneladas de gás carbônico. Houve queda de 35% no total de emissões em relação a 2011, mas isso ocorre porque uma grande organização que participava da pesquisa deixou de publicar seu inventário em 2012.
O programa, que completa cinco anos, conta com a participação de 106 organizações. Entre os setores com maior representatividade estão a indústria de transformação (35% das organizações), as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (11%), a eletricidade e o gás (7%) e a construção (7%).
Um estudo divulgado pelo Instituto Potsdam de Pesquisa sobre Impacto no Clima, da Alemanha, apontou que a cada aumento de 1ºC na temperatura do planeta, o nível do mar pode subir 2,3 metros e permanecer elevado durante séculos.
Anders Levermann, que é um dos autores da pesquisa, foi o primeiro a analisar as evidências da história do clima e combiná-las com simulações que contribuem para a elevação, a longo prazo, do nível do mar. A expansão termal de oceanos, o derretimento de geleiras nas montanhas e o degelo na Groenlândia e Antártica são alguns dos fatores utilizados.
Em busca de novos clientes, mineradora de Colombo – PR recorre à consultoria da Master para elaboração de inventário
Para atender ao pedido de um cliente de primeira linha, a indústria de mineração de calcário, Irmãos Mottin Ltda localizada em Colombo, região metropolitana de Curitiba – PR, contratou a consultoria da Master Ambiental para elaboração do Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEEs). O diagnóstico quantificou as emissões de gases causadores do efeito estufa pelas atividades da mineradora.
O processo produtivo da empresa, há cerca de seis décadas no ramo, envolve a exploração e beneficiamento de minérios com vistas à produção de cal e outros derivados, além do seu transporte e fabricação. Dentre os produtos comercializados, estão o calcário agrícola, a cal virgem, a cal hidratada, a cal de pintura e o cal fino.
Os responsáveis pela mineradora visualizaram na elaboração do inventário a possibilidade de atrair novos clientes. “A questão ambiental está em evidência, então a empresa que se preocupa em potencializar isso, muda seus procedimentos, investe no próprio negócio e contribui com o planeta”, ressalta o gerente da mineradora, Edson Mottin.
Já em 2007, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), grupo dos mais reconhecidos especialistas de todo o mundo no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), concluiu que o aumento a partir de 2°C na temperatura média do planeta já ocasionaria mudanças significativas no clima global.
Efeitos como o degelo nas áreas polares e o aumento do nível dos oceanos, até a maior frequência e gravidade de eventos climáticos extremos e por consequência refugiados ambientais, seriam então sentidos – principalmente pelos países e pessoas mais pobres, sem recursos para prevenir e remediar tais problemas.
Mais de 9,3 mil pessoas morreram e outras 106 milhões foram afetadas; maior parte da perda financeira foi nas Américas, por conta do furacão Sandy e das secas.
Desastres naturais mataram, no ano passado, mais de 9,3 mil pessoas e geraram perdas econômicas de US$ 138 bilhões ou mais de R$ 271 bilhões em todo o mundo.
O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo Escritório da ONU para a Redução de Riscos de Desastres. Ao todo, foram 106 milhões afetados com enchentes, furacões e secas.
Terremotos e Tufão
Foram 310 desastres extremos registrados em 2012. Pela primeira vez na história, os prejuízos ultrapassaram os US$ 100 bilhões por três anos consecutivos. A afirmação foi feita, em Genebra, pela diretora do escritório, Elizabeth Longworth.
Segundo a chefe do Escritório para a Redução de Riscos de Desastres, preocupa o impacto do total das perdas financeiras. China, Estados Unidos e Itália, que enfrentou dois terremotos, foram os países que mais tiveram prejuízos econômicos.
Reunir informações sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEE), ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas das maiores cidades do mundo. Esse é o objetivo de um questionário da organização não governamental britânica CDP que já foi entregue a mais de 30 cidades latino-americanas, das quais 12 são brasileiras, e cujo prazo final para as respostas vai até 28 de março (os resultados serão divulgados em junho).
Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campinas (SP), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP) receberam em janeiro o convite para participar. Destaca-se também a participação voluntária de algumas cidades, como é o caso de Aparecida do Norte (SP).