A crise hídrica veio para ficar
Enquanto os economistas e líderes mundiais debatem na Suíça, aqui nos trópicos houve quem comparasse a crise hídrica em São Paulo ao Ensaio sobre a Cegueira, romance de José Saramago adaptado para o cinema.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que até 2030 quase metade da população global terá problema de abastecimento e ficar sem água. Isso vai acontecer porque, daqui a 17 anos, a demanda por água vai superar a oferta em mais de 40%.
Ele falou, ainda, que com a mudança climática e as necessidades das populações que crescem e prosperam, os governos terão de trabalhar juntos para proteger essa fonte natural.
Em entrevista à Rádio ONU, de São Paulo, o Presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, alertou sobre o problema da mudança climática.
“Mudança climática impacta a água. Porquê? O resultado da mudança climática são secas mais longas, enchentes mais intensas, e portanto, são impactos diretamente no sistema hídrico.”
Por Fernando de Barros
Grande parte da população brasileira, em especial os empresários, inclusive os produtores rurais, não sabem que a água, de acordo com nossa Constituição Federal, é um bem de uso comum do povo e tem valor econômico. Ao água não pertence ao dono da terra cortada por um rio, nem a nascente situada em sua propriedade, nem também a água do subsolo.