Mundo ainda não acordou para a crise da água
Na última semana, pesquisadores e especialistas se reuniram em Nova Delhi para identificar opções e estratégias para as mudanças climáticas com foco nas pressões sobre a água de solo e subterrânea. Organizado pelo Energy and Resources Institute, o workshop “Segurança Hídrica e Gerenciamento da Água para Agricultura na Era da Mudança do Clima” estabeleceu uma ponte entre ciência e política para desenvolver uma adaptação ao clima.
Estudos recentes definiram os impactos de longo prazo da mudança do clima e das bacias hidrográficas sobre a segurança hídrica, em todo o mundo. No caso da Índia, onde cerca de 40 milhões de hectares são irrigados, as temperaturas deverão subir de 0,3°C a 5°C até 2100, com aumento significativo na variedade de chuvas, condição propícia a novos desafios.
Segundo Rodger Packam, da Universidade de Sydney, é crucial traduzir e aplicar as descobertas científicas em políticas de ação. Para Hector Malano, da Universidade de Melbourne, a incerteza recaída sobre os cenários futuros do clima dificulta a criação de opções de adaptação.
O alarme mais severo, contudo, foi anunciado pelo presidente do Painel Intergovernamental da Mudança do Clima (IPCC) da ONU, Rajendra Pachauri. Ele afirmou que além de poder resultar em conflitos entre nações, a escassez de água ainda não tem sido devidamente considerada, uma vez que o mundo não está totalmente alerta para crise da água.
“No caso de produtos agrícolas e proteína animal, cuja demanda está crescendo, o uso de água é altamente intensivo. Ao mesmo tempo, teremos constrangimentos severos do lado da oferta. Em primeiro lugar, porque acontecerão alterações profundas no ciclo da água por causa da mudança do clima”, reforça Pachauri. Para ele, é necessário investir em tecnologia para aumentar a eficiência no uso e extração do recurso, particularmente no segmento agrícola, cujos desperdícios são conhecidos.
Fonte: Com informações do portal Planeta Sustentável
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