Casal de Osasco constrói sistema de captação de água da chuva
A preocupação com a possibilidade de enfrentar uma crise de abastecimento motivou um casal de Osasco, na Grande São Paulo, a montar, na própria residência, um sistema de captação de água da chuva. Conforme explica o ex-analista de suporte em informática, Valdir Albino, 67, o intuito foi evitar o desperdício de água.
Constituído por quatro caixas d’água, com cerca de mil litros cada, um pequeno motor elétrico e seis galões de 200 litros, o sistema funciona por meio da captação da água no quintal da casa, de onde o líquido é bombeado e encaminhado para armazenamento. Albino estima que investiu de R$3,5 mil a R$4 mil para instalar a estrutura.
“O objetivo não é o de economizar dinheiro, mas o de cooperar para evitar o desperdício de água, ainda com uma crise dessas pela qual estamos passando”, enfatiza. O casal utiliza a água captada, principalmente, em quatro banheiros, para lavagem de roupa e limpeza em geral. A ideia é ampliar o sistema com, no mínimo, mais uma caixa de mil litros para captação e seis galões para armazenamento.
A preocupação com a crise hídrica começou em março, quando foram divulgadas as primeiras notícias sobre a seca no Sistema Cantareira – um dos principais reservatórios que abastece a capital. “Fiz um gráfico do sistema, que estava em torno dos 20% de sua capacidade. O apresentador do jornal disse então que na mesma época no passado estava em torno dos 60%. Foi quando eu pensei: ‘Esse negócio vai zerar’. Então decidimos montar este projeto de captação de água da chuva”, contou o aposentado.
Primeiros passos
Embora não tivessem conhecimento dos sistemas hidráulicos e de construção civil, o casal levou adiante o projeto. “Apenas a laje onde estão as caixas d’água foi comprada pronta. Pagamos para os pedreiros e eles encheram a laje. Todo o resto, fizemos sozinhos”, revela.
Coincidentemente, o projeto foi concluído e começou a operar na mesma semana em que o Sistema Cantareira atingiu o nível de 0%, quando começou a ser utilizado o volume morto no abastecimento de parte da capital paulista e de regiões da Grande São Paulo. “O dia mais feliz foi quando encheu a primeira caixa abastecida pela chuva”, comemora.
Fonte: Com informações do portal ecodesenvolvimento.org
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