Profissional da Master é destaque na mídia
Faltam profissionais LEED no País
No Brasil, o número de credenciados para condução de projetos sustentáveis é muito baixo; Paraná é um dos estados com mais edificações verdes, porém conta com apenas 20 especialistas
Na área de construção civil, a palavra sustentabilidade já é tida como uma ordem. Em muitas cidades, aliás, isso já é uma realidade. E entre as certificações nesse sentido, o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) vem ganhando bastante atenção, assim como os profissionais capacitados para essa atuação.
Apesar do crescimento do setor, ainda são poucos os arquitetos e engenheiros que detêm amplo conhecimento na área de práticas sustentáveis e sobre o processo de certificação ambiental LEED. O LEED é um programa que distingue projetos que apresentam alto desempenho em práticas e estratégias que contribuem para a minimização na utilização de recursos.
Para obter o selo, o projeto deve cumprir todos os pré-requisitos do sistema de avaliação sob o qual está registrado, além de um conjunto de créditos que atinja uma pontuação mínima estabelecida nos níveis de certificação.
O Brasil ocupa hoje o terceiro lugar no ranking das nações com maior número de construções com o selo, ficando atrás somente dos Estados Unidos e da China. Em uma projeção regional, o Paraná aparece em terceiro lugar em relação aos empreendimentos em processo de certificação.
Os dados são da GBC (Green Building Council) Brasil e detalha que no Estado, apenas 13 possuem o selo LEED e outros 51 projetos estão em andamento. São Paulo possui o maior número de registros com 144, seguido do Rio de Janeiro, com 31.
Já em relação aos profissionais, sabe-se que no país existem 248 profissionais credenciados. Segundo o censo do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) de 2012, existem mais de 95 mil arquitetos no Brasil, entretanto menos de 0,001% deste universo é apta a desenvolver projetos desta complexidade.
No Paraná, há 20 credenciados no total e em Londrina, apenas uma arquiteta. Segundo Vanessa Rocha Siqueira, arquiteta e consultora LEED AP em São Paulo, a dificuldade atual para se tornar um profissional LEED se deve principalmente ao acesso à informação.
“Os poucos cursos no Brasil estão concentrados no estado de São Paulo, além disso, até o primeiro semestre do ano passado, as provas eram todas em inglês, assim como os materiais de apoio”, afirma ela, que vem produzindo um conteúdo inédito no país, pois é em português e gratuito. Outro ponto a ser considerado, de acordo com Vanessa, é o alto valor que se paga para fazer as provas. Hoje, as taxas para os exames variam de 200 a 550 dólares.
“A primeira prova é a LEED Green Association, na qual você demonstra ter conhecimentos gerais em práticas sustentáveis, e a segunda é a de LEED AP (Accredited Professional), uma especialização na área escolhida. Ela pode ser BD+C, que envolve grandes reformas e construções; ID+C, para interiores e construção ou então, ND, para desenvolvimento de bairro”, explica.
Porém, os profissionais também podem optar por LEED O+M, voltado para operações e manutenção e LEED HOMES, para projeto e construção de edifícios: casas e edifícios residenciais multifamiliares de poucos andares.
CONSTRUÇÃO CIVIL
Ainda de acordo com a especialista, podem ser acreditados LEED todos aqueles que trabalham na área de construção civil, como arquitetos, engenheiros e incorporadores. “Os arquitetos acabam indo para essa área porque na integração dos projetos, já é de praxe que façam um trabalho de liderança, de compatibilização. E esse processo integrado é fundamental”, completa.
Em Londrina, a arquiteta Bárbara Gimenez é acreditada LEED AP BD+C desde o ano passado. Formada em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Estadual de Londrina (UEL), Bárbara se especializou em Engenharia e Segurança do Trabalho, mas sentiu a necessidade de aprofundar o conhecimento em uma área em expansão no setor.
“Aplico meu conhecimento em todos os projetos. Faço análise de viabilidade e acompanho desde a fase de projeto até a execução em obra. Essa atuação é um diferencial porque garante que o projeto e a construção são sustentáveis. Há um planejamento para diminuir o impacto no meio ambiente, inclusive para a saúde dos trabalhadores, como por exemplo, o controle de poeira”, ressalta ela, que atua na Master Ambiental.
Micaela Orikasa
Reportagem Local – Folha de Londrina
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