Vivas à Ecometrópole
Convênio é um passo imenso no caminho de uma nova história ambiental para Londrina
por Fernando de Barros
Importantíssima conquista para a área ambiental de Londrina a assinatura de convênio, na última quinta-feira, entre a prefeitura e o Instituto Ecometrópole. O convênio deve impulsionar este programa, que tem, dentre suas características mais importantes, o envolvimento de todos os cidadãos no cuidado com o equilíbrio ambiental da cidade. O programa tem o apoio de inúmeras entidades da sociedade civil, agora com a chancela da municipalidade, e é coordenado pelo Instituto Ecometrópole.
Em sua base, a iniciativa chama a atenção para o riquíssimo patrimônio hídrico da cidade, que conta com mais de 80 rios somente em sua área urbana. Somadas às demais áreas verdes, os fundos de vale e parques localizados no entorno destes recursos hídricos conferem a Londrina um potencial ímpar no que toca à qualidade de vida de sua população.
O problema é que, sem um olhar mais atento nas últimas décadas, estes recursos padecem com a contaminação resultante do processo de poluição difusa – modalidade de poluição gerada pela própria população. Para dimensionar isso, basta imaginar que volume gigantesco de sujeira é levado aos nossos rios por meio dos bueiros e galerias pluviais, a cada chuva, resultante das bitucas de cigarro, latas, garrafas, papéis e outros resíduos jogados nas ruas. Sem falar no lixo que é varrido para o bueiro por tantas donas de casa; pelo óleo e restos de combustíveis impregnados no asfalto; dentre outras modalidades de contaminação.
Enfrentar essa situação requer esforço de todos: cidadãos, empresas e poder público. Somente a convergência de ações pode render resultados efetivos – e é isso que propõe o instituto. Além do asseio com a cidade, é importante atender alguns requisitos legais como permeabilidade do solo. Se o cidadão retirar as áreas verdes de seu imóvel, acaba por impedir a infiltração da água de chuva, o que impacta negativamente na recarga do lençol freático e, por conseqüência, nas nossas nascentes.
Estes cuidados, aliados à coleta seletiva do lixo, à arborização da cidade e adoção de práticas mais sustentáveis dentro das próprias residências é que podem transformar Londrina na verdadeira Ecometrópole brasileira. E, como incentivo, o programa vai conferir o Selo Azul a residências, comércios e indústrias que atendem a estas práticas.
Este selo vai dar visibilidade a quem é amigo do meio ambiente de Londrina e incentivar o consumo nestes locais. É um passo imenso no caminho de uma nova história ambiental para Londrina – e que pode ser reproduzida por todas as outras cidades brasileiras.
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