Aprenda a fazer mudas frutíferas e espalhar por fundos de vale da cidade
Pomarizar é a atitude de fazer mudas frutíferas com garrafas pet e plantar em fundos de vale

Na equipe da consultoria Master Ambiental, as pessoas possuem consciência ambiental além do ambiente de trabalho. Advogado e coordenador técnico da empresa, é o caso de Carlos Eduardo Levy que gosta de aproveitar os intervalos da rotina agitada de advogado e consultor em contato com a natureza e de plantar árvores.
Há mais de década, Levy e amigos cultivaram o hábito de fazer mudas de árvores frutíferas em garrafas pets e depois plantar as mudas para que se tornem árvores nos fundos de vale de Londrina – PR. Além de transformar, com as próprias mãos, espaços públicos degradados em pomares, gostam de espalhar a ideia por aí. “Há alguns anos, decidiu-se que Pomarizar seria um movimento, não uma ONG”, contrapõe Levy, explicando que o Pomarizar nunca possuiu uma pessoa jurídica.
A atividade é muito simples, educativa e prática. A liberdade e a iniciativa são as raízes do movimento, que se perpetua conforme o desejo de cada participante em transmitir o método a outras pessoas. Conforme ensina o coordenador, as espécies são cultivadas em um recipiente prático: as garrafas PET. A técnica é simples. Basta cortar a parte de cima, enchê-la com terra e encaixá-la na base, onde é depositada a água da chuva.
A ação pode ser praticada por qualquer pessoa – inclusive crianças – interessada em tornar ambientes antes abandonados em espaços embelezados por árvores frutíferas. Com o tempo, a planta já em desenvolvimento deve ser transferida para terra. “Assim, o homem planta e tem a experiência de fazer brotar a semente de qualquer fruta, aproximando-se da terra”, ressalta Levy.

O interesse ambiental e as mãos cuidadosas foram responsáveis pelo reflorestamento de muitos dos fundos de vale da cidade. O resultado ambiental pode ser conferido nos fundos de vale do Córrego Capivara e Córrego Água Fresca, da bacia do Ribeirão Cambé, o mesmo que forma os Lagos Igapós, cartão postal da cidade. Para Levy, ações como essas são vitais por aproximar o homem da terra e da natureza. “A partir da experiência livre, as descobertas são infinitas, assim como o aumento da oferta de frutas em espaços verdes públicos”, conclui.
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