Mercedes Benz premia reuso de água implantado pela Ingá Veículos
Com a consultoria da Master Ambiental, o projeto recebeu prêmio da Mercedes Benz, no qual concorreram cerca de 200 concessionárias de todo o país
Com a consultoria da Master Ambiental, a implantação do sistema de tratamento de efluentes e reuso da água pela concessionária de veículos se mostrou um verdadeiro diferencial em Sustentabilidade.
Em tempos de escassez de água, veio de Maringá, no norte do Paraná, o bom exemplo. A concessionária da Mercedes Benz, do grupo Ingá Veículos, foi a vencedora do prêmio Sustentabilidade Ambiental 2014.
O projeto vencedor foi realizado com a consultoria da Master Ambiental, que forneceu o acompanhamento da instalação do sistema até obtenção do resultado final. Trata-se da Estação de Tratamento de Efluentes Líquidos (ETEL) que permite o reuso do efluente oriundo da oficina e da lavagem de peças automotivas da concessionária. Após tratado, o efluente é usado na descarga de vasos sanitários, lavagens de pisos e irrigação.
“O prêmio é o resultado do trabalho em equipe em parceria com a Master Ambiental, sem o apoio da Master não teríamos feito nada disso”, destaca o Gerente de Qualidade do Grupo Ingá Veículos, Emerson Tenczena.
Além de reduzir a poluição dos rios, ao promover a destinação final de efluentes industriais previamente tratados, o reuso é forma eficiente de economizar água tratada. Futuramente, o projeto é também fazer a reutilização para a lavagem de veículos, que será realizada na concessionária.
O projeto é considerado sustentável porque também traz vantagem econômica, já que não é mais necessário pagar para destinar o efluente para uma empresa licenciada que prestava o serviço anteriormente. Essa economia já compensa o investimento realizado inicialmente para instalação da ETEL. “Hoje o custo mensal com a operação é menos do que o equivalente pago por semana para destinar o efluente sem tratamento”, compara o Gerente de Qualidade.
Segundo o diretor da Master Ambiental, engenheiro civil Fernando de Barros, o tratamento e reuso de efluentes não costuma ser aplicado em empresas desse porte, que não são grandes indústrias. Em oficinas e lavadores, é comum se exigir somente a instalação da caixa separadora de água e óleo, mas a Master Ambiental recomendou a Ingá Veículos a instalação do sistema completo, capaz de tratar a carga de produtos químicos com potencial poluidor alto. Ele ressalta que não basta instalar o sistema sem o acompanhamento técnico necessário para garantir o resultado esperado nas análises, possibilitando o efetivo reuso. “Caixa separadora não é suficiente”, destaca Barros.
Funcionamento do sistema de tratamento de efluente e reuso de água
De acordo com o analista da Master Ambiental Charles Moretto, engenheiro ambiental e Mestre em Engenharia de Edificações e Saneamento, o sistema projetado funciona nas três etapas de tratamento, primário, secundário e terciário.
O tratamento primário consiste no sistema de duas caixas separadoras de água e óleo, que segrega os óleos, graxas e sedimentos do líquido.
Na sequência, o tratamento secundário é realizado em um reator físico-químico com equipamento de flotação por ar dissolvido, que remove a maior parte da carga orgânica e química do efluente.
Já no sistema terciário ocorre a filtração em filtro de areia e carvão ativado, para remoção de matéria orgânica adicional, cor e cheiro.
Após os tratamentos, é realizada análise para comprovação da eficiência da remoção dos poluentes conforme a legislação. Depois disso, o efluente pode ser usado em descargas sanitárias, irrigação de jardins e lavagem de veículos ou ainda ser lançado na futura rede coletora de esgoto ou rede pluvial já existente.“Para garantir a disponibilidade de água no futuro, a viabilidade do reuso é evidente e métodos de conservar e realizar o reuso não faltam”, garante o analista ambiental da Master. Segundo ele, “O grande desafio é depois de implantado esses sistemas, manter um bom nível de operação que garanta em qualquer momento do ano o atendimento a legislação ambiental municipal, estadual e federal, pois estes sistemas necessitam de manutenção contínua para manter bons níveis de remoção de poluentes” finaliza.
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