Vidros mágicos
Produtos especiais custam mais, porém compensam com economia significativa de energia elétrica
por Fernando de Barros
Nossa arquitetura muitas vezes segue a tendência europeia e americana de grandes prédios comerciais envidraçados. As grandes fachadas de vidro proporcionam calor interno que na Europa e nos Estados Unidos, onde faz muito frio, é bem-vindo. No Brasil, porém, o uso generalizado deste tipo de arquitetura, com grandes vidros nas fachadas, causa grave problema, com consequências ambientais. Os raios de sol atingem as construções, fazendo com que os prédios virem grandes estufas, exigindo o uso constante de ar condicionado para que haja conforto térmico nas salas comerciais. Isso ocasiona um enorme gasto com energia elétrica, um dos principais insumos nesse tipo de empreendimento.
Além do grande custo, o uso intenso de ar condicionado e o grande consumo de energia elétrica trazem um grave problema ambiental: a necessidade de construção de mais usinas hidrelétricas. Um prédio verde só é considerado um green building se economizar pelo menos 30% de energia elétrica em relação a um prédio convencional.
Esse problema pode ser contornado com a adoção de vidros com baixo fator solar. São vidros especiais que barram as ondas solares que transmitem calor e deixam passar apenas aquelas que trazem a luz.
Esses novos produtos já estão sendo chamados por alguns especialistas de vidros mágicos. São vidros duplos, sendo que o material externo tem em sua constituição produtos que impedem a entrada de ondas que transmitem o calor, reduzindo de forma expressiva o uso de ar condicionado.
Não é questão de mágica, mas de mera aritmética: o gasto a maior com o vidro especial é compensado logo de saída pelo custo a menor com aparelhos de ar condicionado menos potentes – isto sem falar do gasto de energia elétrica. Em grandes empreendimentos comerciais e imobiliários, como shopping centers e condomínios de moradias, essa economia envolve cifras bastante significativas.
Agora mesmo em Londrina um grande empreendimento imobiliário vai adotar este tipo de vidro, o que trará expressiva economia a seus investidores e usuários, fruto de estudos realizados por consultoria especializada na certificação de prédios verdes.
Estas novas tecnologias estão à disposição de todos os profissionais da construção, que precisam se atualizar, não apenas para reduzir custos de seus clientes, mas também para contribuir para um meio ambiente sem grandes impactos ambientais. Até a próxima semana!
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